17 de março de 2009

O Colecionador de Conquistas

Imagine um homem, com quase 40 anos de idade, de boa aparência, um nível cultural aceitável, uma profissão também aceitável (provavelmente vai gerenciar algo que alguém fez para ele) e uma lista enorme de conquistas amorosas. Uma coleção de mulheres magoadas e decepcionadas. Ele não se prende a nada e nem a ninguém, mas não consegue deixar o vicio da conquista.

Fala o que for preciso, inventa morte, doença, fratura e seqüestro para conseguir a mulher que quer naquele momento. Depois, volta a inventar outra mentira pior para sumir sem ser lembrado como um cara cafajeste. Porque de jeito nenhum ele se considera um cafajeste. Acha apenas que é um cara que ainda não achou sua “princesa”, afinal ele é um príncipe.

Ele coleciona conquistas como um colecionador de selos. Guarda as fotos, cartões e declarações de amor em sua caixinha no criado mudo de sua casa. Casa onde carinhosamente chama de “abatedouro”.


Acho que toda mulher já conheceu um homem desse tipo.
Um homem que faz tipo o tempo todo, finge ser cavalheiro, finge ser carinhoso, finge se importar, finge que gosta, mas ele mesmo se perde no meio de toda essa mentira. Esquece o que falou, esquece onde foi, esquece o nome e esquece-se principalmente de ser Homem. Vira um adolescente. Um adolescente fantasiado de “tio”, afinal está beirando os 40 anos.

Freqüenta as mesmas baladas, conta as mesmas piadas, usa as mesmas roupas, as mesmas frases e sempre o mesmo truque.

Mente, esquece, fala que vai e não aparece, fala que vai e não liga nem para dizer que não vai.
Que tipo de pessoa é essa?

Certamente uma pessoa que não teve educação em casa! Será que teve mãe e pai? Será que viu isso na própria casa? Ou é só um “peter pan” que tem medo de tudo? Medo de barata, de altura, de injeção, de arriscar e principalmente de falar a verdade e de crescer.



Um cara desses não gosta de mulher, ele gosta de conquistas.

Ele não é o que você imaginou que fosse. Ele não é um bom namorado, nem um bom amigo e nunca será um bom marido.
Nunca. Porque algumas coisas, nunca mudam, e se mudam, é para pior.